Usando namespaces: Fundamentos

(PHP 5 >= 5.3.0, PHP 7, PHP 8)

Antes de discutir o uso de namespaces, é importante entender como o PHP sabe qual elemento de namespace seu código está solicitando. Uma analogia simples pode ser feita entre os namespaces do PHP e um sistema de arquivos. Existem três maneiras de acessar um arquivo em um sistema de arquivos:

  1. Nome de arquivo relativo como foo.txt. Será resolvido para diretorioatual/foo.txt onde diretorioatual é o diretório ocupado atualmente. Então, se o diretório atual for /home/foo, o nome será resolvido para /home/foo/foo.txt.
  2. Nome de caminho relativo como subdiretorio/foo.txt. Será resolvido para diretorioatual/subdiretorio/foo.txt.
  3. Nome de caminho absoluto como /main/foo.txt. Será resolvido para /main/foo.txt.
O mesmo princípio pode ser aplicado a elementos com namespace no PHP. Por exemplo, um nome de classe pode ser referenciado de três maneiras:
  1. Nome não qualificado ou nome de classe sem prefixo como $a = new foo(); ou foo::metodoestatico();. Se o namespace atual for namespaceatual, ele será resolvido para namespaceatual\foo. Se o código for global, sem namespace, ele será resolvido para foo. Uma ressalva: nomes não qualificados para funções e constantes serão resolvidos para funções e constantes globais se a função ou constante com namespace não for definida. Veja Usando namespaces: recorrendo a funções/constantes globais para obter detalhes.
  2. Nome qualificado ou um nome de classe prefixado como $a = new subnamespace\foo(); ou subnamespace\foo::metodoestatico();. Se o namespace atual for namespaceatual, ele será resolvido para namespaceatual\subnamespace\foo. Se o código for global, sem namespace, ele será resolvido para subnamespace\foo.
  3. Nome totalmente qualificado ou um nome prefixado com um operador de prefixo global como $a = new \namespaceatual\foo(); ou \namespaceatual\foo::metodoestatico();. Ele sempre será resolvido para o nome literal especificado no código, namespaceatual\foo.

Aqui está um exemplo dos três tipos de sintaxe em código real:

arquivo1.php

<?php
namespace Foo\Bar\subnamespace;

const
FOO = 1;
function
foo() {}
class
foo
{
static function
metodoestatico() {}
}
?>

arquivo2.php

<?php
namespace Foo\Bar;
include
'arquivo1.php';

const
FOO = 2;
function
foo() {}
class
foo
{
static function
metodoestatico() {}
}


foo(); // será resolvido para a função Foo\Bar\foo
foo::metodoestatico(); // será resolvido para a classe Foo\Bar\foo, método metodoestatico
echo FOO; // será resolvido para a constante Foo\Bar\FOO


subnamespace\foo(); // será resolvido para a função Foo\Bar\subnamespace\foo
subnamespace\foo::metodoestatico(); // será resolvido para a classe Foo\Bar\subnamespace\foo,

Note que para acessar qualquer classe, função ou constante global, um nome totalmente qualificado pode ser usado, como \strlen() ou \Exception ou \INI_ALL.

Exemplo #1 Acessando classes, funções e constantes globais em um namespace

<?php
namespace Foo;

function
strlen() {}
const
INI_ALL = 3;
class
Exception {}

$a = \strlen('oi'); // chama a função global strlen
$b = \INI_ALL; // acessa a constante global INI_ALL
$c = new \Exception('erro'); // instancia um objeto da classe global Exception
?>
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